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Caso Clínico - Odinofagia e torcicolo, haverá relação?

Criança de 7 anos, sexo feminino, observada no Serviço de Urgência (SU) por febre com 12h de evolução, picos febris de 4 em 4 horas, pico máximo de 38,5ºc, que cedia aos antipiréticos (paracetamol 15mg/kg/dose de 8/8 horas e ibuprofeno 5mg/kg/dose de 8/8 horas). Bom estado geral em apirexia e sem má perfusão no pico febril. Concomitantemente, apresentava odinofagia com o mesmo tempo de evolução e sem outros sintomas associados. Ao exame objetivo verificava-se ligeira hiperemia faríngea sem outras alterações. Realizou teste rápido de antigénio (TDAR) para Streptococcus beta-hemolítico do grupo A que foi negativo. Teve alta para o domicílio medicada com anti-inflamatório não esteroide (AINEs) (ibuprofeno 7.5mg/kg/dose). A D3 de doença regressou ao SU por manutenção da febre, pico máximo de 39,5ºc com picos febris de 3h em 3h, que cedia aos antipiréticos. Negava má perfusão no pico febril ou prostração em apirexia. Mantinha também odinofagia e apresentava posição preferencial da cabeça em flexão para a direita, com limitação da amplitude de movimentos do pescoço desde esse dia. Negava sialorreia, assim como outros sintomas ou história de traumatismo.